Bem vindos ao HorizonTTes!

Um pouco de mim...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Fim de Semana a dois no... Gerês!

Propomos um fim de semana tranquilo bem perto das margens do rio Caldo, nome que dá origem à freguesia onde desagua à direita do rio Cávado! Se sai do Porto o melhor caminho é seguir pela A3 para Braga, saindo para Braga - SUL, passando de seguida pelo BragaCenter. Aproveite e pare aqui para fazer umas compras para as refeições principais. Siga a viagem na N103 em direcção a Gerês - Póvoa de Lanhoso - Vieira do Minho. Cerca de 30 minutos de viagem são suficientes para chegar a Cerdeirinhas e encontrar uma placa à esquerda indicando a Caniçada/Gerês (como ponto de referência fica cerca de 100mts depois da rotunda que dá acesso a Vieira do Minho à direita). Desça a Caniçada e comece a apreciar a bonita paisagem e as vistas para o rio. Após passar a ponte siga em direcção a S. Bento da Porta Aberta, onde ai pode parar e apreciar a obra religiosa, local de peregrinação de muitos católicos. A estadia que recomendamos é próxima desse local e podem observar o blog da mesma aqui http://casasdaficheira.blogspot.com/. O proprietário é de uma simpatia e acolhimento sem igual e as casas são dignas do local onde se encontram e muito bem equipadas. Chegados e com as bagagens devidamente arrumadas recomendamos uma ida até ao centro da vila do Gerês parando para almoçar no Restaurante Lurdes Capelo. Mas atenção, é um espaço pequeno e com muita procura, não se demorem para conseguirem mesa! Aproveitem a tarde para conhecerem a vila, as termas, os miradouros e as cascatas mais conhecidas. Se tiverem duvidas a população esta sempre pronta a indicar os melhores caminhos e se pararem no Aparthotel do Gerês podem conseguir um roteiro onde encontram os pontos de interesse na região. Com o fim do dia a aproximar-se o conforto da casa chama por nós e a criatividade de cada um faz jus ao serão mais ou menos romântico! Nos pessoalmente apetrechamos-nos de velas fizemos um manjar digno de seu nome e com uma musica ambiente fizemos o nosso.. Aproveitem!!!


Domingo, se forem madrugadores e gostarem de caminhar sugerimos um passeio a pé até à zona da marina do rio Caldo. Se não, aproveitem a manha para relaxarem e após o almoço deixem a casa e sigam em direcção a Campo de Gerês. Têm duas alternativas: seguem novamente à vila do Gerês entram na Mata da Albergaria e acompanham o rio até Campo do Gerês, ou vão pela nacional em direcção a Covide e daí a Campo do Gerês. Por nós é muito mais bonita a paisagem pela Mata da Albergaria, mas como é em terra batida e com alguns buracos pode não estar acessível a todos os veículos. Ai podem usufruir de um percurso a cavalo pela Geira, visitar a aldeia submersa de Vilarinho das Furnas e a barragem com o mesmo nome. Siga em direcção a Brufe, Entre-Ambos-os-Rios e chegue a Lindoso onde pode visitar o Castelo e os famosos espigueiros... Regresse pela N203 até à A3 e bom regresso...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Refugio em Gave

No passado Domingo dei uma voltinha pelo norte de Portugal para explorar uma zona que apesar de agendada no passado mês de Julho não tive oportunidade de conhecer. Aqui fica um pequeno texto retirado do portal município de Melgaço e que nos fala um pouquinho de Gave.

"A freguesia da Gave está localizada no lindíssimo vale do rio Minho.Estende-se graciosamente em socalcos pelas encostas montanhosas da serra de Peneda, desde o leito do rio Mouro, até ao alto da Serra, de onde se obtém uma esplendorosas vista panorâmica.
Lá no alto, estão como testemunhas da extraordinária beleza as Brandas ou Verandas.Em Verandas da Aveleira e do Covelo, localidades onde estão muitas moradias de verão, que servem ao mesmo tempo de casas de veraneio e de região para a pastorícia e agricultura.
Do núcleo maior de moradias da freguesia, onde se encontra também, a igreja paroquial, a escola e a sede da junta, desfruta-se igualmente, das vistas panorâmicas impossíveis de serem esquecidas, por quem tenha o privilégio de conhecê-las.
Gave está circundada pelas seguintes freguesias vizinhas: no lado norte, a partir da outra margem do rio mouro, Cousso. No nascente, Parada do Monte. Do concelho arcos de Valdevez, as freguesias de Sistelo e da Gavieira são os limites a sul. Do concelho de Monção, a freguesia de Riba de Mouro está a demarcar o lado poente.Gave compõe-se dos seguintes lugares: Baldosa, Listedo, Costa, Sobreira, Lameiro, Chãos, Barroca, Cofares, Ferrão, Pias, Lage, Coelhos, Senhora do Alívio, Igreja, S. Cosme, pombal, Serdeiral, Vale, Prolteiro, Eiriz, Barreiros, Nogueira, Covelo e Aveleira.
O topónimo Gave pode ter várias origens. Entre algumas possíveis, temos as seguintes hipóteses de nomes para apreciação: Gave seria segundo a opinião de alguns autores, uma corrupção de Gavião, ou de Gávea, Gávia, Gábea, Agabre ou Agrabe. Ou ainda Cávia ou Cávea. Pela proximidade com a Gavieira podia, por isso, ter também, uma das origens para o nome.
Parece merecer uma boa aceitação, a hipótese do nome Agrabe ou Agabre, palavra do Latim Grave, que quer dizer ”pesado, custoso, penoso, doloroso”. Porque, era dificultoso, carregando o que quer que fosse, atingirem-se os locais desta região.
A antiga freguesia de Santa Maria de Gave, vigairaria do reitor de Riba de Mouro, no termo de Valadares, pertenceu a este antigo concelho até 24/10/1855 quando passou para o de Melgaço.

Dicionário Enciclopédico das Freguesias: Braga, Porto, Viana do Castelo; 1º volume, pág. 423 a 439; Coordenação de Isabel Silva; Matosinhos: MINHATERRA, 1996"

Em Gave situa-se ainda uma aldeia turística onde casinhas de montanha foram sendo restauradas e hoje deliciam aqueles que procuram um refugio de fim de semanal em contacto com a natureza! Aqui não existem comunicações pelo que devem ter isso em conta na altura de escolherem este local. Deixo-vos um link que podem visitar e ver as casas que vos falo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dia 9 e 10 - Erg Chebbi ao Porto (via Marrakech)

O regresso a casa, foi feito de uma forma que hoje certamente não o faria! Partimos do Auberge do Sud em direcção a Ouarzazate, onde inicialmente tínhamos planeado fazer escala, seguindo apenas no dia seguinte até Marrakech. Contudo e por factores externos à expedição avançamos directos até Marrakech onde pernoitamos num hotel localizado às portas da cidade, com direito a piscina e tudo! De notar, que no caminho e a determinada altura conseguimos captar na rádio algo familiar e "tuga"... sem saber bem como até hoje, conseguimos ouvir a rádio Comercial em RDS!! Esse dia foi para mim o mais quente de todos, e isso notou-se na pressão dos pneus que aumentaram em muito causando alguma instabilidade nos Land's! O almoço foi passado à sombra de algumas árvores, das escassas que se iam encontrando na estrada e desta vez sem "camones" a "colarem-se" à comitiva! A bom ritmo lá chegamos a Marrakech por volta das 21h00 e inda deu tempo para um mergulho, pelo menos para mim e para o Marco... A água estava como diriam os outros IM PACÁVEL!!!
No dia seguinte separamos-nos e enquanto o Marco e o Miguel ficavam para cumprir o calendário eu arranquei para norte, rumo a Ceuta para apanhar o barco das 18h30 (hora espanhola)! Aqui confesso que tive que aumentar a media de velocidade pois de outra forma não chegaria a tempo. A queimar os últimos minutos lá chegamos a fronteira, que passamos sem problemas, abastecemos o Td5 e ainda tivemos tempo de esperar uns minutos pelo ferry! O adeus, ainda que provisório, a este continente estava a chegar e sentia um borbulhar interior que me emocionava!
À chegada a Espanha, a fome apertava e lá fomos novamente ao único sitio que conhecíamos... A Telepizza, eheheheh... Tendo em conta a má experiência do hotel de algeciras na vinda da viagem decidimos rumar a norte mais uma ou duas horas e quando o sono aperta-se encostávamos para pernoitar, isto na teoria porque na prática! O motivo pelo qual disse que o regresso a casa foi feito de uma forma que hoje não o faria tem a ver com o relato a seguir. O co-piloto começou por levar o Land, mas cedo o cansaço instalou-se e o sono também! Lá trocamos de posição e voltei para o volante do Disco para só o largar à entrada da A23 em Portugal! O sono não havia maneira de aparecer, e quando dei por mim já estava em Portugal. Escusado será dizer que durante a viagem ainda deu para rir, com algumas expressões feitas pela co-piloto a dormir. Adormeci já no lugar do pendura durante 1h00 altura em que chegamos à área de serviço da Guarda para o pequeno-almoço. Ai voltei para a condução e cheguei ao Porto às 9h00 da manha! Foram 23h00 de viagem, uma loucura eu sei, mas são pequenas loucuras que nos vão dando alegrias para continuar a viver como se não houvesse amanha!
Meus amigos, esta passagem é curta, pois a vontade de voltar a solo Marroquino é muita! Como costumo dizer, tudo na vida tem um significado, e a viagem a Marrocos teve o seu... um sonho de à muito e uma realização pessoal! Depois de tudo que tentei passar para este meu cantinho, desde sensações a experiências ou até pequenas dicas, não tenho coragem de me entusiasmar nem alongar para descrever o meu regresso a casa, ou como diria uma grande amiga.. "home" :)
Até breve...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dia 8 - Erg Chebbi

8h30 (hora local) o sol já vai alto e a ansiedade de entrar nas dunas era enorme! O pequeno almoço estava marcado para as 9h00 e o clima já se fazia sentir... quente e seco! Bem reforçados, lá seguimos a Rissani para abastecimentos, controlo da correia do alternador do Discovery do Miguel e uma passagem pela farmácia para a compra de um antibiótico (infecções urinárias podem surgir, por isso tenham isso em mente nas vossas viagem em solo marroquino). Tudo abastecido, revisto e comprado seguimos para o Erg novamente por pista rápida que em certas alturas lembra os testes de suspensão dos centros de inspecções, eheheh... O Mustafa, guia e funcionário do Auberge do Sud http://www.aubergedusud.com/ brindou-nos com a sua simpatia e conhecimentos acompanhando-nos durante todo o dia. Após a habitual paragem para retirar ar dos pneus seguimos em direcção às dunas! Bem que frenesim!!! A experiência em pisos de areia era quase nula por parte de todos e a forma como abordamos as dunas deve ser feita com uma boa leitura da mesma optando por uma trajectória uniforme mesmo que por vezes seja a mais longa, ou que outras pareçam mais fáceis. Rapidamente instaurou-se uma pergunta na minha cabeça bem como do Miguel e Marco. Como é possível ele, o Mustafa, dizer que se consegue andar em altas neste piso? Sim, porque por ele seguíamos em altas, algo que não duvidando das capacidades de condução dele achei difícil de realizar. Resultado: 1º Atascanço!
Anda para a frente, anda para trás, anda para a frente, anda para trás.. conclusão:

Mas depois de alguma insistência, um a um lá fomos saindo do fundo com uma boa leitura da pequena duna que tínhamos pela frente. E aqui não sei porque, mas fui o primeiro a sair. Será pelo meu Td5 que os meus companheiros de viagem me dão "gozo" pela sua electrónica, ou pelo condutor ?! Hummm, eles que respondam..eheheheheh
Deu para rir e a entender melhor a forma como devemos enfrentar a duna, sem nunca ficar "demasiado à vontade". As dunas podem ser muito traiçoeiras e houve alturas em os Land's da comitiva ficaram a ver sua pendente máxima ultrapassada, sorte estamos em areia que só por si bloqueia a progressão evitando a cambalhota, isto claro, se não insistirem! Duna após duna a progressão começou a ser constante e sem atascanços e só voltamos a parar quando por momentos vimos aquilo que parecia um pássaro muito grande e verde! eheheh... mas não, era só o Range do Marco que quis voar, mas esqueceu-se do "redbull" eheheheh.. Meus amigos quando forem ao deserto certamente vão encontrar pequenas plantas, e não são para tentar passar por cima em andamento dito normal, pois são mesmo muito duras e com raízes fortes! Foi isso que aconteceu ao Marco que ao embater numas dessas "plantinhas" deu assim uns voos... Valeu para o susto, mas com tudo em ordem, tirando uma mazela no braço da Raquel, seguimos a rota estabelecida pelo Mustafa até nova paragem, e porque? Ora ficam umas fotos para exemplificar melhor...
Esta deu trabalho e deu para sentir o calor que se fazia sentir, é insustentável acreditem! Mas lá saímos e fomos brindados com uma descida eu diria íngreme! Concordam parceiros? Penso que sim.. e lá a medo fomos descendo um a um, algo que aparentava ser bem mais complicado do que realmente é! Como já disse a areia é um bloqueador por natureza e o Land nunca vai solto.

A paragem para o almoço deu-se por volta das 15h num "oásis" do Auberge onde aproveitamos para repor energia! O Chã não podia faltar, e mesmo com o imenso calor que se fazia sentir foi muito bem vindo, com mais ou menos açúcar consoante os gostos em que o Mustafa aqui acompanhou-nos na "merenda" também.

De volta as dunas prosseguimos o andamento que já era mais vivo, e a destreza na condução parecia revitalizada... seria do almoço!? Humm... não me parece! :) A próxima paragem dá-se à sombra, nas margens de um rio, que nesta altura está seco, embora se note a sua recente presença das chuvas de Março que alagou Merzouga e que segundo locais foi bastante rigoroso! Por norma, é nesta zona que os praticantes do TT que se aventuram nas dunas do Erg Chebbi param para lanchar, mas tendo em conta o curto espaço de tempo entre o almoço aproveitamos apenas para esticar as pernas!

Ramlia é a localidade que se segue para ser-mos brindados com um grupo musical local, filhos da terra que mostram os seus talentos, e nós também, pois a musica é contagiante e eles convidam à dança, e nós não nos fizemos rogados e demos um pézinho na "pista" improvisada! No final, ainda trouxemos um cd como recordação que o Marco comprou e eu deixei uma lembrança a uma criança, de seu nome Mustafa, como o guia, que me olhou com aqueles olhos e não resisti... foi a primeira coisa que apanhei a mão... o meu chapéu da Land Rover! E bem que lhe fica!!! Mas tive que insistir pois o pai da criança não queria aceitar a oferta, fiz -lhe entender que era com muito gosto que lhe oferecia e no fim o pequeno Mustafa lá ficou todo contente a fazer inveja aos irmãos...


Aproxima-se agora a altura do dia, eu até diria da viagem, mais engraçada! Saídos de Ramlia, Mustafa leva-nos a ver um lago onde podíamos apreciar a vista com o pôr do sol no horizonte! E fomos e chegamos, e eis que alguém, eu, decide que o jipe com a traseira ligeiramente dentro de água com o pôr do sol ao fundo daria uma bela foto. Resultado: As imagens falam por si...

Mal "pisei" a água o Discovery literalmente se sentou no lago como que a refrescar. Pelo menos deu para desmitificar os meus amigos companheiros de viagem que o Td5 não tem medo da água... e não acendeu nenhuma "luzinha" eheheheh! Foi giro, quem diria que o único local de toda a viagem que íamos ter trabalho era na água/lama!?
Bom, vamos regressar para ao Auberge pois espera-nos mais um jantar servido na sala "vip". Desta vez, a Sandra, uma Portuga que divide a vida entre Portugal e Marrocos, fez-nos companhia! Mais uma vez, o Mundo é pequeno embora esta seja daquelas alturas em que gostamos que seja, pois é bom ouvir alguém falar a nossa língua a cerca de 2 milhares de kms de casa, e claro, a partilhar as suas experiências e vivência de Marrocos!

O serão dessa noite prolongou-se e hoje os músicos de Ramlia foram ao Auberge para tocar para os restantes turistas, e claro, houve quem não resistisse em dar um pé de dança para a "praça". Foi nessa altura que me recolhi para o topo da duna que ladeia o auberge, naquelas cadeiras que convidam silenciosamente a apreciar o ambiente mágico que nos rodeia e nos envolve a cada minuto, deixando saudades até a próxima vez que nelas me sentar! Tinha atingido um dos meus objectivos... Senti-me Feliz!