



Olhando o Futuro construímos o Presente...
Numa dessas rua encontramos um pintor, com uma galeria de arte muito interessante, eu diria mesmo muito boa! Pinta em tela com aguarelas e ilustra maioritariamente locais ou passagens da vila! Ai comprei uma tela, que a minha mãe tanto me chateava para comprar cá para o quarto! Representa a praça principal com vista para a mesquita à noite... está muito bom mesmo!
Depois do negocio descemos e lá encontramos a tal praça que o quadro representa onde encontramos uma zona de restauração para todos os gostos, e os preços, sempre em conta... Decidimos fazer-nos à estrada visto que ainda havia uns kms a percorrer, e parávamos mais para a frente para almoçar. Foi nessa altura que uma caravana de Land's Ingleses cruzaram-se connosco e lá ia o veiculo ideal para expedições... uma 110 SW azul com a sua elegância e simplicidade que a caracteriza, simplesmente linda!!! Mas voltando à estrada lá seguimos em direcção a Fès onde chegamos sobre chuva que nos acompanhou na ultima parte do percurso, já o céu encoberto, bem esse acompanhou-nos a viagem toda. A procura do parque de campismo onde ficamos http://www.diamantvert.ma/ ainda foi demorada mas lá encontramos. É um parque de campismo agradável com muita sombra e zonas bem relvadas, onde não falta uma piscina para os mais calorentos. O único senão foi realmente o cheiro das casas de banho, e o azar de no dia seguinte o esquentador se ter avariado, fora isso é um bom local para ficar. Outro ponto a referir é que na recepção podemos contratar um guia para visitar Fès, que pode ser local ou nacional falando inglês, ou francês e claro árabe! Os preços variam consoante ser local ou nacional e o tempo, uma manha ou o dia inteiro. Contratamos um para o dia inteiro e ficou por 15€ entre todos! O final do dia, foi passado na montagem do acampamento e na janta, uma vez que depois disso o cansaço era evidente e o descanso era muito desejado!
Em seguida, e sempre na companhia do "Coca-cola", alcunha de um marroquino que nos levou lá graças a ter metido conversa com o Marco quando ainda estávamos a rolar, passamos numa feira no centro da Medina para de seguida visitar uma cooperativa de tapetes berberes. Ao entrar, somos confrontados com uma escadaria pouco habitual onde os degraus são altos, e lá subimos, e subimos mais um andar até ao terraço onde podemos ter uma vista geral de Tetouan. Estava na hora de ver os tapetes e o dono estava "mortinho" para nos mostrar as inúmeras colecções. Sem exageros vimos para cima de 50 tapetes enquanto apreciamos, ou não, o chã que nos ofereceram! No fim, estava na hora de dizer qual seriam os tapetes que estaríamos interessados. O olhar foi comum entre todos, e o pensamento de "Interessados??" deve ter surgido na mente do grupo, mas, no fim houve um que a Raquel gostou e ao fim de um bom regatear lá trouxe a toalha única que aqui mostro com quase 75% desconto! É incrível como eles baixam tanto, mas eles gostam disto, seja! Bom, além do facto de já ser tarde, a vontade de nos fazer à estrada era muita e lá fomos de regresso ao parque , perdão "beco"(comigo a pensar: "O meu Td5 estará em ordem, ou já em peças") onde um segurança, desculpem "arrumador" fazia marcação cerrada, ou não, aos nossos carros e claro a umas moedas! Saímos de Tetouan com destino a Chefchaouen fazendo parte da costa mediterrânea para mais tarde entrar na estrada 3808 Oued Laou Taghzoute, onde depois de belas paisagem verdejantes, que ninguém estava a espera de ver ou pelo menos não tinha essa ideia, tivemos um problema com um dos jipes.
O Discovery 300 do Miguel, foi a baixo e não pegava. Sem duvida que foi um momento que desanimou, mas que todo o grupo superou sem grandes dificuldades. Capot aberto, e os Srs. Prof. Dr. Eng. Mecânicos que foram presença em toda a viagem, ou seja, eu, o Miguel e o Marco a olhar lá para dentro a ver o que seria. Após alguns minutos e tentativas de por o disco a trabalhar, descobrimos que o problema residia num rolamento da Polie do alternador que havia bloqueado! Nada a fazer ali, e o carro tinha que ser rebocado até uma oficina. Eis que, alguém se aproxima e nos diz "Boa noite, precisam de ajuda?" Eu pensei, o mundo é mesmo pequeno, como é possível que no meio deste nada, exista aqui um Portuga e ainda por cima Nortenho e Maiato!!! De seu nome Daniel, este nosso recente amigo teve connosco uma excepcional atitude de nos acolher no seu Auberge http://www.caiat.com/ e de nos ajudar nas conversações com o reboque, e ainda a amabilidade de falar com o seu amigo Achmed que nos esperou no dia seguinte em Tanger levando-nos a um mecânico de confiança. O final do dia, que já não restava muito, foi passado na confecção do jantar, nas negociações com a companhia de seguros, e na tentativa de animar o Miguel e a Mónica. Vá amigos ainda hoje vos digo, se fosse o meu era pior, já viram a electrónica eheheheh... Apagamos as luzes por volta das 24h30m para no dia seguinte às 7h00m estarmos a acordar. Desta forma, havia tempo para nos preparar, tomar o pequeno almoço e por voltar das 9h00m estar o reboque a bater a porta conforme combinado, mas, e como há sempre um mas, este só apareceu pelas 12h30m para desespero do casal Santos. Até lá o tempo foi passado entre a companhia do Daniel, na actualização dos Diários de Bordo ou até mesmo numa ida ao barbeiro para reclamar umas falhas no corte feito dias antes. Paciência Raquel, paciência...eheheh!
Do mal o menos, o reboque era sem duvida o melhor que vimos em toda a viagem, uma Mitsubhishi Canter das novas! A viagem até Tanger deu para perceber o tipo de condução e regras que este povo tem, ou melhor não tem. Desde ultrapassagens em curvas fechadas em estradas de montanha, à constante buzinadela, o não haver piscas, ou até mesmo limites de passageiros vale tudo, até camiões transportarem garrafas de gás em uma espécie de contentor sem que uma cinta os segure.. que medo!!!